segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

À noite...




A ria é um mistério,

Olhada como visão;

Com o seu fulgor etério,

Em noites de solidão.



Nos seus sombrios canais,

As águas a marulhar;

Lamentam com fracos ais,

A sua morte no mar.



Fui num barco passear,

Em clara noite de estio;

P'ra ver a lua e a ria,

Brilharem ao desafio.



Ao ouvir um rouxinol,

Adormeci a escutar;

Quando acordei é que vi

Uma tricana a cantar.



Muito mansinhas,

Em remoinho,

Lá vão seguindo,

O seu caminho.




Letra: Adriano Pires
Música: J.M. Horta


1 comentário:

Anónimo disse...
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