quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

No baú do sótão I ...

... encontrei estas fotos de uma colecção de Henrique Ramos. Na primeira foto o farol da Barra, construído em 1885 e 1893. Na segunda foto podemos observar as embarcações a chegarem à festa da Costa Nova.

Verdadeiras relíquias que nos levam a imaginar como seria a paisagem envolvente e os hábitos e costumes dos nossos antepassados!


terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Outras visões...


A Ria de Aveiro apresenta grande potencial para ser utilizada, aproveitada e desfrutada. Aqui ficam duas fotografias que demonstram o belo prazer que se pode tirar de um domingo à tarde repleto de sol... Eis que se colocam num pequeno barco e podem fazer vela apanhando os salpicos salgados do baloiçar das águas... ou uma experiência de outra grandeza e enveredar num veleiro através dos canais da nossa ria, sentir a força do vento e a energia das águas.
Dois modos simples para aproveitar e explorar a nossa Ria.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Municípios da Ria dispostos a criar "companhia" das águas - actualidade

Os onze concelhos que integram a Associação de Municípios da Ria (AMRia), liderada por Ribau Esteves, discutem segunda-feira a possibilidade de criar uma empresa para explorar as redes de água, de forma integrada.

É a alternativa a uma proposta da AdP-Águas de Portugal, que prevê a exploração integrada dos sistemas de água e saneamento, em alta e em baixa, para toda a região Centro, que não entusiasma os autarcas do Baixo Vouga.

A integração das redes é assumida como um percurso inevitável para os municípios, quer por indicação do Plano Estratégico para as Águas e Águas Residuais, definido pelo Governo, quer porque o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) condiciona o financiamento europeu a investimentos intermunicipais, aparecendo as autarquias, isoladas, na cauda dos critérios.

No entanto, por considerarem as condições pouco atractivas para os seus municípios, os autarcas da Ria decidiram abrir concurso para o estudo do modelo de integração dos próprios sistemas, cujas propostas são conhecidas segunda-feira.

Aveiro é uma das câmaras com bastantes reservas à proposta das Águas de Portugal, explicadas à Lusa pelo vereador Pedro Ferreira, da administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS).

"As infra-estruturas dos SMAS têm um valor superior a 50 milhões de euros, mas a AdP quer pagar apenas 10 milhões porque desconta o valor dos fundos comunitários (70 por cento), quando não foram eles que deram o financiamento, além de deduzirem o que já foi amortizado (cinco milhões)", disse o autarca.

"No entanto, quando quiserem entregar a privados vão fazê-lo pelo valor do negócio, ou seja, no caso de Aveiro o valor de mercado será de 36 milhões de euros", acrescentou.

Pelos cálculos de Pedro Ferreira, Aveiro tem cerca de 37 mil contadores, "que, à taxa actual, dão, cada um, um lucro de mil euros em 50 anos", concluindo que "é nessa base que deve ser encontrado o valor do negócio".

"Para isso, fazemos nós, seja para concessionar ou para vender, porque não temos de subsidiar nas tarifas o preço de municípios do interior que têm a água mais cara e controlamos nós o processo sem ingerências da AdP", afirmou.

Pedro Ferreira entende que a proposta das Águas de Portugal não interessa, em especial para municípios que já têm as infra-estruturas, como é o caso de Aveiro, com uma cobertura de saneamento de 99,5 por cento, ou de Ílhavo, com cerca de 70 por cento, podendo, quando muito, ter interesse para Vagos, que só tem dez por cento da rede feita.

Se é assim no saneamento, por maioria de razão o argumento é válido para a distribuição de água, porque a maior parte dos municípios já tem infra-estruturas capazes.

"Em Aveiro, a água dá lucro, enquanto o saneamento e os resíduos sólidos urbanos dão prejuízo, pelo que o lucro da água tem de cobrir os prejuízos dos outros", assume Pedro Ferreira, embora reconhecendo ser necessário outro modelo de gestão, porque, isolados, os serviços municipalizados e câmaras têm constrangimentos.

No seio dos representantes na AMRia são admitidas três soluções, além da proposta da AdP.

Uma das possibilidades é criar uma empresa intermunicipal para explorar as redes de distribuição em alta e em baixa, em que as infra-estruturas continuam a pertencer aos municípios.

Pedro Ferreira exemplificou como seria arquitectada essa alternativa: "No caso de Aveiro, que já tem as infra-estruturas, a empresa pagaria ao município os 36 milhões, enquanto no caso de Águeda, que tem ainda o investimento a fazer e representa um negócio de 16 milhões, a autarquia obteria por essa via 70 por cento de financiamento dos fundos comunitários e, como o investimento da Câmara seria de seis milhões, receberia 10 milhões de euros".

Uma variante desta solução, é associarem-se a um parceiro privado com conhecimento do negócio e a terceira hipótese é ser a empresa a constituir pelos 11 municípios a concessionar a exploração a um privado.

"As soluções intermunicipais são o futuro, porque não temos a dimensão de Lisboa e faz todo o sentido repensar a distribuição em baixa ao nível da bacia hidrográfica, até porque a água vem toda do mesmo sítio e não se compreende que as tarifas sejam diferentes", disse.

"Estão a ser feitos estudos sobre essas três possibilidades e depois iremos comparar com o modelo proposto pelas Águas de Portugal e decidir", explicou.

A AMRia integra os municípios de Águeda, Albergaria-a-Velha, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Mira, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos.

In: Agência LUSA, 22/02/2008

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Porta de Mar - Ou o abraço entre o sal e o mel

Um vídeo com algumas das fotos da autoria de Paulo Magalhães que estiveram em exposição no Teatro Aveirense.

Fotos que nos mostram movimento, energia, serenidade, água, muita água, rostos e maresia. Dá gosto ver e rever este vídeo numa sexta-feira de sol... convida-nos mesmo ao passeio à beira-mar!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Um livro... sobre o Porto de Aveiro


Destaco a entrevista dada pela Prof. Doutora Inês Amorim ao “Diário de Aveiro”, a propósito do próximo lançamento do livro de sua autoria «Porto de Aveiro – Entre a Terra e o Mar». O lançamento da obra desta reputada investigadora integra o programa das comemorações do 3 de Abril de 2008.

«Acho que a história dos portos de Portugal é uma história por fazer», refere Inês Amorim, autora do livro «Porto de Aveiro – Entre a Terra e o Mar», que tem procurado contrariar essa condição. As comemorações do bicentenário da abertura da barra de Aveiro tornaram-se no cenário ideal para a apresentação do seu mais recente livro «Porto de Aveiro – Entre a Terra e o Mar» – o título do livro é suficientemente lato para abranger tudo, sobretudo, para expressar que este é apenas o princípio da investigação, explica Inês Amorim, autora da referida obra, que será apresentada no dia 3 de Abril, naquele que será um dos momentos chave das comemorações do bicentenário da abertura da barra de Aveiro. Docente de história há 25 anos na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Inês Amorim não é estreante na investigação em assuntos marítimos – na sua tese de doutoramento já tinha tido contacto com a documentação portuária. «Sal, pescas, portos – é a minha área de estudo», enumera a escritora, que já teve intervenção em diversos projectos, como é o caso do «Hisportos».


«A história do Porto de Aveiro é, do meu ponto de vista, a história da manutenção da barra – que é um processo difícil de se fazer. Desde 1808, a barra manteve-se no local em que se encontra actualmente, mas a partir das obras de abertura, desenvolveu-se um outro processo para tentar manter esta barra e corrigir alguns aspectos que não foram conseguidos, porque o processo de assoreamento continuou a existir», argumenta a investigadora. «É um processo muito rico, do ponto de vista das relações entre os poderes locais, a população local e os interesses nacionais. Por isso, a história da barra é uma história muito dinâmica», defende Inês Amorim.


Após as investigações realizadas, Inês Amorim garante que a abertura da barra teve «um impacte felicíssimo. Os seis anos, de 1802 a 1808, foram tempos duríssimos e, ao mesmo tempo, períodos de paixões, em que as pessoas ora adoravam o engenheiro responsável pela obra, ora o ameaçavam, porque não se podia fazer sal, nem produzir pão, nem navegar. Não se podia fazer praticamente nada». A autora do livro classifica aquela época como «terrível», cheia de dificuldades, mas ao mesmo tempo extremamente rica. Em plenas invasões francesas, em 1808, o Porto de Aveiro tornou-se num ponto estratégico, passando, por isso, a existir apoio por parte do poder central no sentido de prosseguir com a obra. Tal como conta a historiadora, Luís Gomes de Carvalho, engenheiro, chegava a referir-se à abertura da barra como a um segundo dia da «criação».



«Porto de Aveiro – Entre a Terra e o Mar» encontra-se dividido em três partes. Na primeira, Inês Amorim escreve sobre a evolução do litoral, as condicionantes e justificações económico-sociais que proporcionaram a abertura da barra de Aveiro. A realização desta obra era importante por questões de navegabilidade, salinidade, etc., mas há um conjunto de produtos fundamentais que vão determinar e justificar a construção do porto, indica Inês Amorim. Como porto interior, é a partir da década de 20 que este se começa a desenhar. «Não há um porto, mas sim muitos portos ao longo da ria – e isso é uma das suas qualidades», revela a investigadora. O sal, o moliço e o junco são fundamentais, mas é o bacalhau que faz desta zona um dos maiores portos nacionais, que pressiona a solidificação do porto de pesca longínqua e costeira, conta Inês Amorim.

A segunda parte da obra destaca o tema da estrutura orgânica e os diferentes sistemas administrativos do porto, desde a superintendência, passando pelas diferentes juntas autónomas, até à actual Administração do Porto de Aveiro, constituída em 1998. A partir de 1802, definem-se duas áreas: a administração (gestão financeira e de pessoal) e a engenharia (direcção de obras), explica a autora do livro. Nas várias juntas houve figuras públicas da cidade, que acabaram por participar activamente na gestão, tendo sido muito reivindicativos junto do governo central, sobretudo relativamente ao financiamento e à a independência económica, acrescenta.

Já a terceira parte do livro abrange a documentação relacionada com a engenharia da abertura da barra, ou seja, a cartografia, os planos que se vão fazendo sucessivamente. «Existem muitas descrições, imagens e desenhos da barra, feitos, sobretudo, pelos holandeses», revela Inês Amorim, acrescentando que depois do desenho e, a partir da década de 30, começam a surgir várias fotografias das obras. As obras de abertura da barra dividiram-se em diferentes fases e diversos engenheiros tanto portugueses, como holandeses, italianos, franceses, ingleses, entre outras nacionalidades. «Há nomes que conhecemos, que marcaram, definitivamente, a história da engenharia em Portugal, que têm uma produção cartográfica extraordinária», refere a historiadora.



Fonte: Newsletter Porto de Aveiro, edição nº 124, de 20 Fevereiro 2008

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

À noite...




A ria é um mistério,

Olhada como visão;

Com o seu fulgor etério,

Em noites de solidão.



Nos seus sombrios canais,

As águas a marulhar;

Lamentam com fracos ais,

A sua morte no mar.



Fui num barco passear,

Em clara noite de estio;

P'ra ver a lua e a ria,

Brilharem ao desafio.



Ao ouvir um rouxinol,

Adormeci a escutar;

Quando acordei é que vi

Uma tricana a cantar.



Muito mansinhas,

Em remoinho,

Lá vão seguindo,

O seu caminho.




Letra: Adriano Pires
Música: J.M. Horta


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Regata entre as Rias Baixas e a Ria de Aveiro - actualidade

Organização de regata entre as Rias Baixas e a Ria de Aveiro deseja duplicar inscrições

Contar com a inscrição de oito dezenas de barcos à vela é o objectivo da II Regata Internacional entre as Rias Baixas, na Galiza, e a Ria de Aveiro a realizar de 1 a 10 de Maio. A organização espera duplicar o número de participantes relativamente á primeira edição da prova, já que tem despertado grande interesse por parte dos velejadores espanhóis.

Segundo Miguel Varela, da associação À Vela, a regata tornou-se já um dos principais cartazes turísticos da ria de Aveiro. Regata entre as Rias Baixas na Galiza e a Ria de Aveiro, que será apresentada hoje à tarde na Nauticampo, em Lisboa, é já a principal prova de vela ibérica.

http://www.noticiasdeaveiro.pt/

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Em dia dos Namorados...

...aqui vos deixo ficar uma sequência de fotos. Poderiam não dizer nada ou até serem fotos simples sem grande mestria. No entanto ao colocá-las neste dia formam uma história, não sei se será uma história de encantos ou desencantos, de amor ou desamor, ou até parecida com a história de algum de nós, humanos... Mas, no Mundo das fábulas, poderia ser uma história...

Coloco à imaginação dos que aqui vão passando! Deixo as dicas que tem como cenário a Ria de Aveiro e as típicas casinhas da Costa Nova, num fim de tarde frio e soalheiro em que a Ria estava serena e o Mar parecia não querer perturbá-la!









quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Ao Poente...

Como não podia deixar de ser na continuação do post anterior... Aqui fica uma fotografia do pôr-do-sol visto do lado da ria... Numa tarde calma que convidada ao passeio a natureza dá-nos estes presentes, aliando o astro rei e a nossa "rainha"...





"Se eu fosse pintor, passava a minha vida a pintar o pôr do Sol à beira-mar. Fazia cem telas, todas variadas, com tintas novas e imprevistas.


É um espectáculo extraordinário. Há-os em farfalhos, com largas pinceladas verdes. Há-os trágicos, quando as nuvens tomam todo o horizonte com um ar de ameaça, e outros doirados e verdes, com o crescente fino da Lua no alto e do lado oposto a montanha enegrecida e compacta.


Tardes violetas, neste ar tão carregado de salitre que torna a boca pegajosa e amarga, e o mar violeta e doirado a molhar a areia e os alicerces dos velhos fortes abandonados ...


Um poente desgrenhado, com nuvens negras lá no fundo, e uma luz sinistra. Ventania. Estratos monstruosos correm do norte. Sobre o mar fica um laivo esquecido que bóia nas águas – e não quer morrer... " Raúl Brandão, «Os Pescadores».

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Ao fim da tarde...




Quantas vezes não esquecemos da nossa ria? quantas vezes nem damos importância à sua existência?
Para colmatar essas falhas e nos fazer valorizar este dom da natureza só mesmo presenciando estes momentos que eternizei através de um flash.
De apreciar as cores, a serenidade, os efeitos de luz sobre as águas... se apenas estivesse a observar talvez não me apercebesse de tantos pormenores...
Mais uma beleza da nossa ria a ser observada apenas em dias de sol...

domingo, 10 de fevereiro de 2008

A Gaivota e a Vida, que relação?

Quando pensei que nada poderia aprender com as Gaivotas eis que encontro este belíssimo filme, este emaranhado de ideias, esta... lição de vida!

Neste domingo soalheiro em que dá vontade de saír, passear, relaxar e ficar de bem com a vida, nada melhor do que levar estas ideias no pensamento...

A gaivota vai-me ensinando algumas coisas e convosco aqui partilho!

Bom domingo!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Ciclovia à beira do mar... - actualidade

"Ciclovia do farol até à ponte da barra

A Câmara Municipal de Ílhavo decidiu ontem abrir concurso público para a construção de uma ciclovia e percursos pedonais ao longo da Avenida João Corte Real, na Praia da Barra, que vão ligar o largo do farol à ponte sobre a ria, no início da A25.

A empreitada vai a concurso por cerca de 300 mil euros e tem um prazo de execução de 100 dias.

A pista agora lançada a concurso vai , depois, ligar às ciclovias que vão ser construídas na ponte da Barra, no âmbito das obras de beneficiação em curso.

A autarquia tem também prevista uma ligação desta ciclovia à pista de bicicletas já existente na zona do relvado da praia da Costa Nova. Uma ligação que, na zona da Biarritz, será feita no âmbito das obras de enrocamento e requalificação do margem ponte do canal de Mira.

O objectivo da autarquia, com a construção da pista e dos percursos pedonais, é "melhorar o ordenamento e as condições de segurança de automobilistas, ciclistas e peões, que circulam na Avenida João Corte Real, arruamento central da área urbana da Barra".

A Câmara sublinha, por outro lado, que, com esta obra, aumentam significativamente "os já largos quilómetros de ciclovias do Município de Ílhavo"."

http://jn.sapo.pt

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Há alguns anos era assim...


Nesta época do carnaval Aveiro acorda triste sem a alegria das máscaras ou os ritmos do samba... Este ano não há desfile de carnaval em Aveiro... Ficam as saudades para uns, o alívio para outros e a indiferença para quem não aprecia a quadra...

Aqui deixo ficar este registo fotográfico da chegada dos Reis do Carnaval pelas águas da Ria. A primeira edição foi em 1999 e os canais da ria foram o cenário perfeito para uma tarde mágica de folia. Outros anos se seguiram...

Este braço de mar acolheu o Carnaval e tornou-o o único no país adesfilar pela água, bem à imitação de Veneza!


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