sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A gaivota ganha nova liberdade

À semelhança desta notícia que vi no jornal local também este blog abre de novo os olhos, levanta as asas e liberta-se. Novos voos se aproximam, largos horizontes daqui se verão.
Talvez não tão actualizado como sempre, mas decerto que com o mesmo empenho, dedicação e energia continuarei a dar voz a esta gaivota habituada a altos voos e agora com muito mais galhardia depois do 2º prémio!=)
Fiquem por aí... eu continuarei cá!

Ecologistas devolvem gaivota à natureza

De uma espécie que raramente aparece junto à costa, esta ave é hoje libertada na praia da Barra. Foi apanhada débil, mas já está recuperada

O CERVAS (Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens) devolve, hoje, à natureza, uma ave recuperada. A acção tem lugar pelas 10 horas, na praia da Barra (junto ao Farol), contando com o apoio do Bionúcleo da Universidade de Aveiro (UA). O CERVAS classifica este caso de recuperação como “muito particular”, já que se trata de uma gaivota-tridáctila (Rissa tridactyla) recolhida por um particular, no início deste mês, em Vide (Seia), por se encontrar muito debilitada. Trata-se de uma espécie quase exclusivamente marinha, que não nidifica em Portugal (apenas passando ao largo da costa). A explicação do CERVAS para ter sido encontrada neste local é a de que a ave “terá procurado abrigo contra o mau tempo, subindo um rio, acabando por chegar à Serra da Estrela”. Com efeito, os ventos e a forte agitação marítima que assolaram a costa portuguesa serão os responsáveis pela presença massiva, na linha de costa, de espécies cuja distribuição habitual é no mar alto.
Além de centenas de gaivotas-tridáctilas que têm sido observadas sobre a rebentação, pousadas no areal, sobrevoando as dunas ou mesmo sob a forma de cadáveres, outras espécies igualmente raras pescam junto à costa. A dificuldade em obterem alimento e o cansaço estarão entre as causas prováveis destas deslocações até águas mais baixas. Uma vez recuperada, esta ave está pronta para ser devolvida ao seu habitat natural. De acordo com o CERVAS, a praia da Barra foi o local escolhido para ser libertada, por ser “adequado para a espécie, pela maior proximidade geográfica ao local onde foi encontrada e recuperada e, também, pela possibilidade de divulgação e educação ambiental junto da UA e de outras entidades e população locais”.
Após esta acção, terá lugar uma saída para observação de aves marinhas e aquáticas, na mesma zona e arredores, inclusivamente nas Dunas de S. Jacinto. A entrada é livre e os participantes são aconselhados a levar calçado e roupa confortáveis, binóculos, guia de aves e merenda.

In: http://www.diarioaveiro.pt/, edição de 20 de Fevereiro de 2009.


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