quinta-feira, 24 de abril de 2008

"Dragagem da barra de Aveiro escava polémica"

Divergência - Administração do Porto de Aveiro garante que as águas interiores da ria não serão afectadas mas a Junta de Freguesia de Cacia exige a minimização dos efeitos da obra
Texto dePedro José Barros

O Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da intervenção que se está a preparar na zona da barra de Aveiro abriu a polémica entre a Junta de Cacia e a Administração do Porto de Aveiro (APA). O documento não menciona consequências da obra para os canais interiores da ria e o presidente da Junta, Casimiro Calafate, exige "medidas minimizadoras" da subida água. Já o presidente da APA, José Luís Cacho, afasta todos os prejuízos para as águas interiores e diz que o autarca "desconhece" o projecto.

Está em consulta pública durante o mês de Abril o resumo do EIA referente à intervenção na zona da barra de Aveiro, um projecto que prevê uma dragagem de inertes e o reforço do cordão dunar na Costa Nova. O documento nada diz quanto a possíveis consequências da obra para as zonas a montante, como as freguesias de Cacia, Canelas e Angeja, devido ao seu contacto directo com a ria de Aveiro.

Uma omissão repudiada por Casimiro Calafate, autarca de uma freguesia que tem visto os seus campos agrícolas morrer progressivamente devido à invasão da água salgada, tendo em conta a inexistência de um sistema de retenção. "Sempre que se procura aumentar a capacidade do porto de Aveiro para receber navios de maior calado, maior se torna a velocidade da água na amplitude de marés. O resumo não fala das consequências a montante e vamos ter mais um agravamento do problema na ria por não haver medidas minimizadoras do aumento da cota", salienta.

Sem se manifestar contra a obra em si, o presidente da Junta de Cacia exige, no entanto, que seja tomadas "medidas minimizadoras" para "não agravar a situação existente". Medidas que contrariem as cheias e a entrada de água salgada nos campos.
Notícia completa em: www.oaveiro.pt

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