A ria é um mistério,
Olhada como visão;
Com o seu fulgor etério,
Em noites de solidão.
Nos seus sombrios canais,
As águas a marulhar;
Lamentam com fracos ais,
A sua morte no mar.
Fui num barco passear,
Em clara noite de estio;
P'ra ver a lua e a ria,
Brilharem ao desafio.
Ao ouvir um rouxinol,
Adormeci a escutar;
Quando acordei é que vi
Uma tricana a cantar.
Muito mansinhas,
Em remoinho,
Lá vão seguindo,
O seu caminho.
Letra: Adriano Pires
Música: J.M. Horta
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