No meu leito me fui deitar,
Minha cama não estava fria
E demorei pouco a sonhar.
Sonhei com a nossa ria
E com os beijos que estava a dar...
Recordo-me naquela confusão,
Do mar de maré cheia
E do meio do seu turbilhão
Apareceu uma sereia,
Com seu brilho na escuridão
Nada tinha de feia...
E de um belo sentimento,
Lembro-me com clareza,
Que sempre, a todo o momento,
Acontece uma grande beleza,
O mar e a ria em eterno casamento
É uma verdadeira certeza!
Como é delicioso apreciar
A todo e qualquer momento...
O mar, a ria a beijar
Que belo é este casamento!
O Mar é um bom marido,
A Ria, esposa assim será...
Apesar de ser muito comprido
Muitos beijos lhe dará!
Assim sempre eles estão,
Perguntem aos peixinhos
E à pedras do paredão!
Zangam-se raramente,
E o vento é grande culpado
Quando sopra fortemente
Deixa o mar muito alterado.
Nuvens dispersas no ar,
O mar, que imensidão
A ria vai nele desaguar
Para lhe dar um grande beijão!
Mas a sereia invejosa
Quer evitar o casamento
É mesmo muito teimosa
Não ficando no isolamento!
Seja noite ou seja dia
A viver sempre agarrados
Em perfeita harmonia
Continuam muito apaixonados!
E tu, peixinho amigo,
Que testemunha estás a ser
Conta sempre comigo
Para novidades me vires dizer!
(Créditos: Gaivota da Revessa)
2 comentários:
Cara Sónia:
Através deste seu post verifico que além de veia poética como em post anteriores se tinha revelado, observo que também possui alguma veia casamenteira!
Mas que belo casamento arranjou e além disso é para sempre e para a vida inteira, ou até a mãe natureza o permitir! Achei bastante original este seu tão distinto e curioso poema!
Aproveitando o final do concurso aproveito para lhe desejar muito boa sorte e que a sua tão original gaivota ganhe um bom prémio!
Os meu seinceros parabéns!
Caro Gustavo:
É com muito gosto que lhe respondo mais uma vez a um comentário seu. Agradeço os elogios e a boa sorte que me deseja, assim o espero!
Por aqui continuarei a partilhar o que sei e uma das minhas paixões!
Cumprimentos,
Sónia
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